Agora vamos nomear os bois: o Outro Lado, o Outro Mundo,
Mundo dos Mortos, onde tem mais gente viva de verdade que aqui. A física ajuda
a entender e provar se o ovo veio primeiro que a galinha.
Relembrando o exemplo da agua, se hipoteticamente você
segurar apenas uma molécula de água, não verá nada, mas o povo do Outro Lado
consegue enxergá-la, sim, e dirá que é água. Agora, quando os cientistas
disserem , com exatidão, quantas moléculas de água são necessárias para que a
água apareça aos nossos olhos, creio que teremos a medida da fronteira entre Lá
e Cá. Da mesma forma, não é necessário que sua carne e seus ossos tenham o
número de moléculas do Nosso Lado para que você, tecnicamente, exista.
Agora, quero lhe apresentar os átomos e as moléculas da
nossa história. Dez livros não falariam sobre tudo, e, assim como não existe
uma pessoa que possa dizer que conhece todos os povoados do mundo, não conheço
quem tenha visto todas as dimensões do nosso planeta. Essa história de mundos
paralelos, do que vi, são as mesmas divisões que há entre hidrogênio, oxigênio,
H2O e água. Também vi que, embora seja ensinado que os opostos se atraem, os
iguais andam juntos.
O Outro Lado (estamos na realidade dentro dele, como a gema
dentro da clara) é como uma cebola, cheio de camadas. Falando em humanos, o
nível mais próximo do nosso, aquele que 95% dos que morrem enxergam ao
acordarem, é igual a este mundo, com prédios, parques, carros e divisões de
nacionalidade, mas não de classes como no nosso aqui, aonde pobres vão para
lugares humildes e ricos para mansões. O merecimento que toda religião fala:
daqui nada se leva. O bom ou mau nome é a única divisão de classes. Deus
realmente vê tudo inclusive o bacana rico que achou que dando dinheiro à
caridade e estuprando a esposa de noite, vai pra casa do c@#@lho, porque lá
tem! Nessa primeira dimensão encostada a nossa, existe um sistema jurídico,
mas, verdade seja dita, a justiça mais perfeita é a que você carrega dentro de
si e este sistema é o mesmo que faz a pedra pomes flutuar na água e o granito
afundar, acontecendo o mesmo com almas. Justo seria alertar que você não
deveria se preocupar com o que vai acontecer depois, mas com o que faz agora
porque isso irá dizer para onde você vai.
Cito o exemplo do meu pai que morreu na preparação para uma
cirurgia cardíaca. Vim a vê-lo no velório, as 3:00 da manhã, de avental
cirúrgico, com soro na veia, e dois enfermeiros o acompanhando. Estava meio
grogue e ria a solta. Vi ele olhando o próprio corpo no caixão e o velório, ria
de tudo e seguindo os enfermeiros para um túnel de luz. Pude acompanhar
visualmente levarem-no para outro hospital, para refazer o coração do corpo
espiritual que havia se danificado no corpo físico num procedimento cirúrgico
muito parecido com o que teriam feito aqui, se o corpo dele não houvesse
perecido antes. Aprendi, através de experiências que vivi, que cada vez que a
medicina avança, o conhecimento foi liberado pelo Outro Lado, pois a hora é chegada.
O melhor seria que você, leitor, veja por si próprio muitas
das coisas sobre as quais falo neste livro, para que tire suas próprias
conclusões. Cada experiência pela qual passamos está divinamente encaixada em
nossa capacidade de compreensão. Se não, como pode que milhões de pessoas
passem por uma árvore em mil anos e apenas a uma delas é mostrado que a árvore
possui uma substância de grande uso para a medicina?
Tenho visto muitos problemas serem causados por má
compreensão do que seja Lá e Cá, ou o Outro Lado e o nosso Lado. Na maioria das
vezes a incompreensão não se deve a uma supervalorização, mas ao pouco caso
para com pessoas que vem dessas dimensões e que não deveriam ser desrespeitadas
não só por que ninguém deve ser desrespeitado, mas por que elas vêm para ajudar
e essa falha atrasa o trabalho a ser feito. Se você faz parte da ‘tarefa’
deles, ao atrapalhar a situação, terá que aguenta-los, ou o problema que está
lhe sobrecarregando, por mais tempo. Aqui o aviso: ninguém gosta de empata f*#@.
Nem nós, nem eles.
Os erros mais comuns que vejo são os mesmos que uma pessoa
sem conhecimento comete por não saber ler um mapa, ou seguir uma indicação. Por
incrível que pareça, muitas pessoas não sabem que existe algo além da cidade
onde moram. Não sabem que Minas Gerais é um Estado, Brasil é um país, América
do Sul faz parte das Américas e estas estão situadas no planeta Terra que está
no sistema solar. Bom, se muitos não sabem ler um mapa rodoviário, que dirá
saber onde estão as outras dimensões, em relação a nós.
Para ilustrar o que acontece muito e gostaria de ver mudar,
imagine uma excursão de argentinos vindo para o Brasil, para um jogo no
Maracanã. Eles sabem onde é o Rio de Janeiro e lá encontram um grupo de paulistas,
não de cariocas, torcedores roxos com quem começam uma conversa, na língua
deles, em que falam “vocês cariocas se acham o máximo, mas temos certeza que
ganharemos hoje, pois todo mundo sabe que se não fosse por nós o futebol não
valeria a pena além dos gaúchos não sobreviverem sem o nosso turismo!”. Bem,
não quero nem saber a resposta desta história hipotética, mas xingar a mãe dos
argentinos ali seria o de menos. Se os brasileiros fossem falar coisas suaves
assim na Argentina seria igualmente estúpido. Esse exemplo hipotético é o que
vejo toda hora de nós, no Nosso Lado, para com Eles do Outro Lado.
No passado as religiões se encarregaram de dar nome para algumas
dimensões. Mesmo que não fossem muito específicos, ou mesmo corretos, era
necessário nomear as coisas para que pudéssemos entendê-las e, sendo
necessário, mais tarde corrigir erros de definição, ou seja, havia que se
começar por algum lugar, daí vieram às definições de céu e inferno, mais tarde
um meio termo como purgatório.
Essas definições estão corretas? Não estão erradas, mas
foram escritas por humanos de suas épocas, calcados em religião, e fizeram a
sua parte num mundo onde o conhecimento era para poucos. Nesse contexto, o céu
foi denominado como tudo que é bom e desejável e o inferno como tudo que é
ruim, completamente indesejável e odioso. Para que não houvesse nenhum cara
chato querendo perguntar sobre essa ordem de coisas, falaram sobre monstros
horríveis no inferno e criaturas maravilhosas no céu, achando que assim estava
resolvido e pronto. Engraçado que disseram o mesmo dos mares e hoje estamos
aqui nas Américas. Sabendo disso, vamos rever a historia que contaram com
outros olhos? . É bom lembrar que este não é um livro sobre filosofia e
Teologia.
Esqueça conceitos primários de bem e mal. Começaremos pelo
Céu cuja localização não é acima, em termos geométricos. É correto dizer que
ele é mais leve que aqui porque Lá a matéria é mais rarefeita que a nossa. Então
defina céu como a parte que inicia do que é um centigrama mais rarefeito que
aqui até o que você pode imaginar em termos de rarefação. Na realidade, o céu e
o inferno não têm limites, nem o universo, portanto ele será estabelecido pelo
que você consegue ver, e vai compreender que o que está além também existe, mas
você não pode senti-lo com os seus sentidos, então deve ser deixado para quando
for possível.
O Céu pode ser dividido em sete círculos (os assírios já
falavam nisso) e tem muita gente morando nesses lugares, tendo localização e
espaço que podem ser sentidos, portanto definidos. Estes espaços e localizações
não são mostrados para a maioria dos humanos encarnados, pois eles dependem da
dimensão do tempo, que não é fácil para nossa mente compreender. Então, existe
a latitude, a longitude o espaço e o tempo, no endereço do convite de
casamento. Não dá para explicar mais que isso.
Cada círculo tem proprietário, um governador geral ou um
rei, como queira chamar, não importa só que você entenda que há autoridade, e
hierarquia ali, como numa empresa, só que o cargo é ocupado por outras razões. Dentro
de cada círculo, existe o mesmo que os estados e municípios. Importa que você
saiba que existem e que há diferença não racial mas funcional entre um camarada
do 2º e do 5º círculo do Céu, que são muito responsáveis e que gostam de ficar por
Lá não de vir passear, embora possam fazer isso.
Já o Inferno não está abaixo, mas abrange tudo que for mais
pesado que nós, desde um centigrama mais pesado até o que você concebe como
mais pesado que tudo. Ele também tem sete círculos, mas porque círculos? Pelo
mesmo motivo que o Universo, a Terra e as elipses ao redor do sol são curvos. Esses
círculos têm os mesmos sistemas de autoridade e regiões como foi dito sobre o
Céu.
O purgatório é onde fica tudo que não é nem preto, nem
branco, nem quente, nem frio. Todos que não puderam, ou não quiseram, ser mais
rarefeitos, nem mais densos, ficam na sala de espera. Como é um local para quem
está meio a meio, tem de tudo. Quanto mais parecido com os rarefeitos, quanto
mais a localidade fica perto do céu, quanto mais denso, mais perto do inferno.
Agora vamos mudar os nomes para uma definição mais apropriada:
Céu é Acima, Inferno é Abaixo, porém, se falarmos do Inferno na concepção
judaica, cristã e muçulmana não é o Abaixo, mas um departamento correcional
para a raça humana que lá foi aberto. Um pequeno espaço maior que o planeta Júpiter,
para não ter que misturar raças que não mereciam um humano por perto, como as
baleias. O Inferno é quase que exclusivamente humano.
Acima e Abaixo podem ser considerados s nossos polos Norte e
Sul. O Leste e Oeste, desta forma, são os lados esquerdo e direito e possuem
dimensões paralelas como os círculos do Acima e Abaixo. Estes são países de
outras raças, primas nossas, que correm em paralelo, evoluções distintas, às
vezes parecidas conosco. Quanto mais próximo da nossa linha latitude, mais
semelhanças com o nosso mundo. Nem sempre é bom entrar em contato com esses
primos, pois, como já disse, nós somos a parte rica e soberba da família.
Possuímos riqueza e não a compartilhamos, mas sempre queremos ver o que dá para
tirar de favores dos parentes pobres. Eles sabem disso e podem cobrar de volta
quando algo é indevidamente pedido.
Mesmo assim, essas designações são imperfeitas. Quando muito
servem para nos localizar e dar nome aos bois. Acima, Abaixo e Lados são
nomeados nos tendo como centro de observação. Em física, a posição do observador
é um fator determinante, então, se você é um ser do 5º círculo jupteriano, o
livro não está correto, não é para você, nem serve para entender como humanos
são, mas como estou falando sobre sobreviver à mediunidade, sendo humana e
encarnada, essas referências nos bastam.
Nos outros planetas há vida, nas estrelas também e em cada
um existe o Acima, o Abaixo e os Lados próprios a cada um, então imagine quanta
gente tem no Universo. Somos feitos de poeira estelar bem mais do que
imaginamos. Os cientistas procuram vida fora da Terra, mas em uma pequena
minoria ela existe como aqui. Na grande maioria não têm corpo material, são
espíritos. Se eles vêm aqui? Não pude chegar a uma conclusão se são constituídos
de matéria como a nossa, pois os vi com olhos mediúnicos e não sei se gostaria
de vê-los em “carne e osso”, pois os que conheci me mostraram que o físico
Stephen Hawking está certo: culturas mais avançadas, boazinhas ou não, tendem a
ser um efeito nocivo para culturas menos evoluídas. A história mostra bem isto.
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