Independentemente do tipo e da intensidade de mediunidade,
existem leis que mediam a atividade entre o médium e o Outro Lado. Algumas são
específicas para médiuns, outras para as entidades, outras para não médiuns e
algumas que são comuns a todos. Existem leis para situações específicas também.
As principais regras são fáceis de entender, se você já teve contato com a
ciência da Física na escola e não se esqueceu de suas regras básicas.
Primeira regra: toda comunicação entre entidades e
encarnados tem que ter autorização. Existem consequências, que inclusive podem
ser punitivas, para os envolvidos, sejam encarnados ou não, sejam os que
fizeram ou ouviram a comunicação.
Então se ouvir algo que não devo vão me por de castigo? Certas
coisas não irão mudar com o tempo. Sua mãe não lhe dizia que ouvir conversa
atrás da porta era feio? Continua sendo. Porém, atrás da porta você sabia que
estava fazendo algo que não deveria, mas e ouvir algo que não era para você
saber? Fica um pouco pior. Se todo adolescente ou criança soubesse que cada
coisa que escuta e, por isso, fica “sabendo”, tira um pouco da sua ignorância,
e que existe outra regra que diz: a
inocência protege, não iria querer “saber” mais nada. A inocência implica
em não ter conhecimento, portanto responsabilidade. Se isso existe até nos
nossos tribunais, por que não existiria no que é anterior a nós?
Olhando por este lado, médium de incorporação, por não estar
em domínio de seu corpo durante o tempo que estiver incorporado, não teria
responsabilidade por coisas que fez, falou, ou causou. Porém, para Nossa Lei,
ele tem. A permissão para deixar alguém fazer uso de seu corpo é a mesma de
emprestar um carro ou uma arma. Se quem pegou o carro é menor de idade e bateu
o veículo ou atropelou uma pessoa, o dono legítimo do veículo é indiretamente
responsável pela ação e responde pelo ato. Em um caso mais suave, emprestar uma
lingerie para uma amiga se divertir com o namorado pode resultar numa gravidez
e você vai ser lembrada para sempre. O casal pode lhe convidar para madrinha de
casamento e de batismo, embora não garanta a felicidade com que lhe convidarão.
Afinal de contas, eles só queriam se divertir e você será a coparticipante
involuntária de uma nova vida.
Na incorporação, você é responsável, inclusive
criminalmente, por qualquer coisa que seu corpo tenha feito. Encontrei muitos,
mas muitos médiuns que tentavam se isentar de culpa, em festas onde fizeram
sexo, em brigas que se envolveram, em casos onde houve, inclusive, ferimentos
graves aos envolvidos, dizendo que estavam incorporados e que não se lembram de
nada. Isso pode acontecer sim, mas se você não quer se envolver em situações
assim, não ‘empreste’ seus bens a ninguém: carro, arma...e corpo, que é o bem
maior que Deus lhe deu como um templo individual e personalizado.
É verdade que vê mais longe a gaivota que voa mais alto, mas
a mensagem é clara: se você está a par da situação então é parte dela e isso
nem sempre vai lhe fazer bem. Como teria sido se os alemães já tivessem o poder
sobre a bomba nuclear antes de colocarem Hitler no poder? Como seria se ele, na
corrida pelo ocultismo possuísse as mesmas informações que temos hoje? Como
ficaria se você, ou sua mãe ficassem sabendo que sua filha nasceria com uma
inevitável leucemia que se manifestaria até a adolescência? Há um filme em que
o personagem do ator Brendan Fraser (Questão de
sensibilidade 1997 –Jonathan Tolins) questiona algo
parecido quando descobre que o filho que está para nascer será gay.
Então por que muitas vezes perguntas que fazemos à Deus e a
entidades não é respondida? Terceira regra: Eles não podem mentir, mas
não tem autorização para lhe dizer, ainda, o que você quer ouvir. Não irá
adiantar forçar (medir forças a gente faz com quem tem o nosso tamanho), então
não perca tempo com isso. A lei de não haver autorização para algo que falamos para
os Outros está inclusa na mesma regra, mas como nós é que somos os
retardatários (muitos são retardados também), é cem vezes mais certo que Eles
saibam, portanto, passar informações que nos prejudicariam.
É muito comum ver uma entidade desviando a conversa, quando
compreensiva conosco, tentando fazer com que vejamos outros aspectos mais
importantes que levariam a resposta do que perguntamos. Os mais bravios falam
apenas que não vão responder e ponto final. Médiuns minimamente treinados sabem
quando não podem dizer algo à alguém, pois é claro como a lua cheia – as
própria entidades dizem “não fale isso”, ou então, “não tem permissão” ou você
Os vê balançando a cabeça num claro negativo. Não se pergunta nem de que é que
Eles estão falando, pois já se sabe que é a permissão de comunicação.
Estive presente num triste episódio onde uma entidade falou
algo que, além de não ter permissão, era proibido e falou justamente para os
diretamente envolvidos. Os motivos dessa entidade não fazem mais diferença,
pois o que interessa é o que causou na vida de quem ouviu. Da forma como
aconteceu, se tornaram maus motivos. Esse ser tinha confessado que havia sido
punido duramente no passado por sua língua grande. Não pude impedir a entidade
de passar aquela comunicação, o que me entristeceu muito. Sabendo que eu
impediria a comunicação, ela foi feita em minha ausência física. A entidade pagou
novamente e, por ser a segunda vez, está pagando um pouco mais caro. Funciona
da seguinte forma: aquele que fez sofrer terá paz quando a dor de quem sofreu
acabar, leve o tempo que levar.
A primeira punição costuma ser não poder se comunicar, nem
por médiuns, nem por contato direto, com nenhum de nós. Esse é um bom exemplo
de por que as leis são cumpridas por Eles, pois sua função é acompanhar e não
complicar a evolução desta espécie.
Tem outro problema que poderia ser nomeado “a nobre arte de
perguntar”. nós não sabemos perguntar (nem pedir). Não ter certeza da pergunta
é a primeira parte de não ter a resposta que se queria obter. Se nós não nos conhecemos,
como podemos saber o que queremos e o que perguntamos? Então não atropele Deus
e depois diga que ele não lhe entende. Saber perguntar é uma arte, tanto quanto
saber ouvir a resposta.
A regra sobre não
mentir é mais familiar. A maioria já ouviu que “as cartas mentem jamais”
e é verdade. Tarô, runas, búzios, que são formas de comunicação, não mentem
nunca e sempre sabem tudo. Isso se deve a uma vontade divina, num sistema que
unifica todas as informações ligadas à pergunta, à pessoa que pergunta e a que
está dando a resposta num espaço curto de tempo.
As respostas “erradas” se devem a inúmeras interferências,
inclusive vindas do médium que está fazendo a leitura. É preciso ter o tipo
específico de mediunidade, treino e, mais importante, o coração no lugar certo
para fazer um bom trabalho de leitura de métodos divinatórios.
As entidades não mentem, mas você tem que ter certeza de que
a comunicação está correta. Você considerou a fonte? Se for um médium incorporado,
você consegue ver a entidade que incorpora? Pode ser um obsessor, que é como um
fugitivo, e ele pode ser muito mentiroso. Os que trabalham dentro da lei não
podem mentir, mas alguns são totalmente tendenciosos, e dão a visão particular
deles, não uma resposta abrangente, baseada em diversos aspectos e opiniões
comprometidas. Na realidade, essa parte é você quem faz, então, considere as
fontes.
Eles não podem mudar ou modificar nada sem autorização,
embora tenham poder para isso, em maior ou menor grau. Porém, nem que seja sentando
na sala e falando a tarde toda, entidades dão um jeito de mudar as coisas. “Muito
ajuda quem não atrapalha” isso os mais inteligentes sabem bem sabido e usam
bastante.
Quarta regra: Ninguém pode
interferir no livre arbítrio humano. Deus deu de presente, somente para esta raça, que eu saiba,
e isso foi o pomo da discórdia no Universo, lar de inúmeras raças mais velhas e
mais novas que se perguntam “por que só eles ganharam isso”? É uma excelente
pergunta, já que somos todos irmãos, porém não tenho resposta até agora e não
tenho esperança de ver respondido até o fim desta vida. Prefiro pensar que o
leite está derramado e é melhor não chorar. Outra coisa, se Deus deu o livre
arbítrio para nós, considerado um prêmio (não sei por quem), mas que parece
presente de grego, o que ele deu para os outros? E se Ele deu “buginga” para os
duendes e isso é uma verdadeira maldição para os pobres coitados? Não gaste
tempo pensando nisso, mas em como sobreviver a, ou com, isso que é lucro certo.
Como todo presente, o livre arbítrio vem com algumas
condições. Parece o gênio da lâmpada no filme Aladim (W.Disney Pictures-1992)
onde o gênio fala: ”poderes fenomenais, dentro de uma lampadazinha”. Pô! Mas
isso é o fim! E vem com três regras de não matar, não ressuscitar e não fazer
ninguém amar! Vê se isso não é um autêntico cavalo de pau, barbeador para porco
espinho, dessalinizador pra peixe marinho. Ah! Mas se fosse mais que isso até
que perdia a graça! Deve ter alguém rindo, mas não somos nós!
É bom mencionar, para que ninguém lhe engane: somente a Deus
pertence a hora do nascimento e da morte. Somente você decide amar, ninguém
pode lhe obrigar a isso. Ninguém que diga “eu fiz uma magia e matei tal pessoa”
fala a verdade. O corpo dela morreu, pois Deus assim o quis.
As letras miúdas do contrato do livre arbítrio são: você
pode fazer o que quiser, mas se você entrou na loja e quebrou algo, tem que
pagar, ou seja: Semear é sua escolha,
mas colher o que plantou é obrigatório. Daí vem os conceitos de karma e
dharma, mau e bom destino, má e boa sina.
Outro limite da independência que o livre arbítrio parece
dar é que a sua liberdade começa onde termina a do seu vizinho e dele acaba
aonde começa a do vizinho seguinte. É como marcação de terras, os limites estão
circundados por vizinhos e há que respeitá-los, por mais feinhos e sanguessugas
que eles possam ser.
Nenhum ser pertencente ao grupo Outros pode mexer no nosso
livre arbítrio. Nem influenciar é visto com bons olhos, mas eles simplesmente
amam cobrar a colheita. A maioria do que você vai enxergar na Terra, tendo contato
conosco está para cobrar, ver se está pagando ou recebendo o que é devido, ou
pior, caçando foras da lei. A Terra é mundo de expiação, tome isso como aulas
de recuperação, várias correntes espirituais confirmaram isso. Não desanime,
mas vi mais que dois planetas piores que o nosso, em tipo de frequentadores,
quando saí em viagem.
Como consequência do livre arbítrio, você pode não querer
ouvir uma mensagem, mesmo que haja autorização para ela ser dita. Ainda que
lhe prejudique muito não receber ela, você tem o direito de não ouvi-la. Se
decidir ouvir, que não custa nada, e Eles fizerem algum pedido ou ordem para
que você faça, ou deixe de fazer algo, cabe a você decidir se vai ou não cooperar
com o que está sendo dito, ou deixar correr, ou se opor ao que foi pedido. Você
estará dentro do seu direito nato de livre arbítrio.
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