Thursday, November 23, 2023

Leis de comunicação

 

Independentemente do tipo e da intensidade de mediunidade, existem leis que mediam a atividade entre o médium e o Outro Lado. Algumas são específicas para médiuns, outras para as entidades, outras para não médiuns e algumas que são comuns a todos. Existem leis para situações específicas também. As principais regras são fáceis de entender, se você já teve contato com a ciência da Física na escola e não se esqueceu de suas regras básicas.

Primeira regra: toda comunicação entre entidades e encarnados tem que ter autorização. Existem consequências, que inclusive podem ser punitivas, para os envolvidos, sejam encarnados ou não, sejam os que fizeram ou ouviram a comunicação.

Então se ouvir algo que não devo vão me por de castigo? Certas coisas não irão mudar com o tempo. Sua mãe não lhe dizia que ouvir conversa atrás da porta era feio? Continua sendo. Porém, atrás da porta você sabia que estava fazendo algo que não deveria, mas e ouvir algo que não era para você saber? Fica um pouco pior. Se todo adolescente ou criança soubesse que cada coisa que escuta e, por isso, fica “sabendo”, tira um pouco da sua ignorância, e que existe outra regra que diz: a inocência protege, não iria querer “saber” mais nada. A inocência implica em não ter conhecimento, portanto responsabilidade. Se isso existe até nos nossos tribunais, por que não existiria no que é anterior a nós?

Olhando por este lado, médium de incorporação, por não estar em domínio de seu corpo durante o tempo que estiver incorporado, não teria responsabilidade por coisas que fez, falou, ou causou. Porém, para Nossa Lei, ele tem. A permissão para deixar alguém fazer uso de seu corpo é a mesma de emprestar um carro ou uma arma. Se quem pegou o carro é menor de idade e bateu o veículo ou atropelou uma pessoa, o dono legítimo do veículo é indiretamente responsável pela ação e responde pelo ato. Em um caso mais suave, emprestar uma lingerie para uma amiga se divertir com o namorado pode resultar numa gravidez e você vai ser lembrada para sempre. O casal pode lhe convidar para madrinha de casamento e de batismo, embora não garanta a felicidade com que lhe convidarão. Afinal de contas, eles só queriam se divertir e você será a coparticipante involuntária de uma nova vida.

Na incorporação, você é responsável, inclusive criminalmente, por qualquer coisa que seu corpo tenha feito. Encontrei muitos, mas muitos médiuns que tentavam se isentar de culpa, em festas onde fizeram sexo, em brigas que se envolveram, em casos onde houve, inclusive, ferimentos graves aos envolvidos, dizendo que estavam incorporados e que não se lembram de nada. Isso pode acontecer sim, mas se você não quer se envolver em situações assim, não ‘empreste’ seus bens a ninguém: carro, arma...e corpo, que é o bem maior que Deus lhe deu como um templo individual e personalizado.

É verdade que vê mais longe a gaivota que voa mais alto, mas a mensagem é clara: se você está a par da situação então é parte dela e isso nem sempre vai lhe fazer bem. Como teria sido se os alemães já tivessem o poder sobre a bomba nuclear antes de colocarem Hitler no poder? Como seria se ele, na corrida pelo ocultismo possuísse as mesmas informações que temos hoje? Como ficaria se você, ou sua mãe ficassem sabendo que sua filha nasceria com uma inevitável leucemia que se manifestaria até a adolescência? Há um filme em que o personagem do ator Brendan Fraser (Questão de sensibilidade 1997 –Jonathan Tolins) questiona algo parecido quando descobre que o filho que está para nascer será gay.

Então por que muitas vezes perguntas que fazemos à Deus e a entidades não é respondida? Terceira regra: Eles não podem mentir, mas não tem autorização para lhe dizer, ainda, o que você quer ouvir. Não irá adiantar forçar (medir forças a gente faz com quem tem o nosso tamanho), então não perca tempo com isso. A lei de não haver autorização para algo que falamos para os Outros está inclusa na mesma regra, mas como nós é que somos os retardatários (muitos são retardados também), é cem vezes mais certo que Eles saibam, portanto, passar informações que nos prejudicariam.

É muito comum ver uma entidade desviando a conversa, quando compreensiva conosco, tentando fazer com que vejamos outros aspectos mais importantes que levariam a resposta do que perguntamos. Os mais bravios falam apenas que não vão responder e ponto final. Médiuns minimamente treinados sabem quando não podem dizer algo à alguém, pois é claro como a lua cheia – as própria entidades dizem “não fale isso”, ou então, “não tem permissão” ou você Os vê balançando a cabeça num claro negativo. Não se pergunta nem de que é que Eles estão falando, pois já se sabe que é a permissão de comunicação.

Estive presente num triste episódio onde uma entidade falou algo que, além de não ter permissão, era proibido e falou justamente para os diretamente envolvidos. Os motivos dessa entidade não fazem mais diferença, pois o que interessa é o que causou na vida de quem ouviu. Da forma como aconteceu, se tornaram maus motivos. Esse ser tinha confessado que havia sido punido duramente no passado por sua língua grande. Não pude impedir a entidade de passar aquela comunicação, o que me entristeceu muito. Sabendo que eu impediria a comunicação, ela foi feita em minha ausência física. A entidade pagou novamente e, por ser a segunda vez, está pagando um pouco mais caro. Funciona da seguinte forma: aquele que fez sofrer terá paz quando a dor de quem sofreu acabar, leve o tempo que levar.

A primeira punição costuma ser não poder se comunicar, nem por médiuns, nem por contato direto, com nenhum de nós. Esse é um bom exemplo de por que as leis são cumpridas por Eles, pois sua função é acompanhar e não complicar a evolução desta espécie.

Tem outro problema que poderia ser nomeado “a nobre arte de perguntar”. nós não sabemos perguntar (nem pedir). Não ter certeza da pergunta é a primeira parte de não ter a resposta que se queria obter. Se nós não nos conhecemos, como podemos saber o que queremos e o que perguntamos? Então não atropele Deus e depois diga que ele não lhe entende. Saber perguntar é uma arte, tanto quanto saber ouvir a resposta.

A regra sobre não mentir é mais familiar. A maioria já ouviu que “as cartas mentem jamais” e é verdade. Tarô, runas, búzios, que são formas de comunicação, não mentem nunca e sempre sabem tudo. Isso se deve a uma vontade divina, num sistema que unifica todas as informações ligadas à pergunta, à pessoa que pergunta e a que está dando a resposta num espaço curto de tempo.

As respostas “erradas” se devem a inúmeras interferências, inclusive vindas do médium que está fazendo a leitura. É preciso ter o tipo específico de mediunidade, treino e, mais importante, o coração no lugar certo para fazer um bom trabalho de leitura de métodos divinatórios.

As entidades não mentem, mas você tem que ter certeza de que a comunicação está correta. Você considerou a fonte? Se for um médium incorporado, você consegue ver a entidade que incorpora? Pode ser um obsessor, que é como um fugitivo, e ele pode ser muito mentiroso. Os que trabalham dentro da lei não podem mentir, mas alguns são totalmente tendenciosos, e dão a visão particular deles, não uma resposta abrangente, baseada em diversos aspectos e opiniões comprometidas. Na realidade, essa parte é você quem faz, então, considere as fontes.

Eles não podem mudar ou modificar nada sem autorização, embora tenham poder para isso, em maior ou menor grau. Porém, nem que seja sentando na sala e falando a tarde toda, entidades dão um jeito de mudar as coisas. “Muito ajuda quem não atrapalha” isso os mais inteligentes sabem bem sabido e usam bastante.

Quarta regra: Ninguém pode interferir no livre arbítrio humano. Deus deu de presente, somente para esta raça, que eu saiba, e isso foi o pomo da discórdia no Universo, lar de inúmeras raças mais velhas e mais novas que se perguntam “por que só eles ganharam isso”? É uma excelente pergunta, já que somos todos irmãos, porém não tenho resposta até agora e não tenho esperança de ver respondido até o fim desta vida. Prefiro pensar que o leite está derramado e é melhor não chorar. Outra coisa, se Deus deu o livre arbítrio para nós, considerado um prêmio (não sei por quem), mas que parece presente de grego, o que ele deu para os outros? E se Ele deu “buginga” para os duendes e isso é uma verdadeira maldição para os pobres coitados? Não gaste tempo pensando nisso, mas em como sobreviver a, ou com, isso que é lucro certo.

Como todo presente, o livre arbítrio vem com algumas condições. Parece o gênio da lâmpada no filme Aladim (W.Disney Pictures-1992) onde o gênio fala: ”poderes fenomenais, dentro de uma lampadazinha”. Pô! Mas isso é o fim! E vem com três regras de não matar, não ressuscitar e não fazer ninguém amar! Vê se isso não é um autêntico cavalo de pau, barbeador para porco espinho, dessalinizador pra peixe marinho. Ah! Mas se fosse mais que isso até que perdia a graça! Deve ter alguém rindo, mas não somos nós!

É bom mencionar, para que ninguém lhe engane: somente a Deus pertence a hora do nascimento e da morte. Somente você decide amar, ninguém pode lhe obrigar a isso. Ninguém que diga “eu fiz uma magia e matei tal pessoa” fala a verdade. O corpo dela morreu, pois Deus assim o quis.

As letras miúdas do contrato do livre arbítrio são: você pode fazer o que quiser, mas se você entrou na loja e quebrou algo, tem que pagar, ou seja: Semear é sua escolha, mas colher o que plantou é obrigatório. Daí vem os conceitos de karma e dharma, mau e bom destino, má e boa sina.

Outro limite da independência que o livre arbítrio parece dar é que a sua liberdade começa onde termina a do seu vizinho e dele acaba aonde começa a do vizinho seguinte. É como marcação de terras, os limites estão circundados por vizinhos e há que respeitá-los, por mais feinhos e sanguessugas que eles possam ser.

Nenhum ser pertencente ao grupo Outros pode mexer no nosso livre arbítrio. Nem influenciar é visto com bons olhos, mas eles simplesmente amam cobrar a colheita. A maioria do que você vai enxergar na Terra, tendo contato conosco está para cobrar, ver se está pagando ou recebendo o que é devido, ou pior, caçando foras da lei. A Terra é mundo de expiação, tome isso como aulas de recuperação, várias correntes espirituais confirmaram isso. Não desanime, mas vi mais que dois planetas piores que o nosso, em tipo de frequentadores, quando saí em viagem.

Como consequência do livre arbítrio, você pode não querer ouvir uma mensagem, mesmo que haja autorização para ela ser dita. Ainda que lhe prejudique muito não receber ela, você tem o direito de não ouvi-la. Se decidir ouvir, que não custa nada, e Eles fizerem algum pedido ou ordem para que você faça, ou deixe de fazer algo, cabe a você decidir se vai ou não cooperar com o que está sendo dito, ou deixar correr, ou se opor ao que foi pedido. Você estará dentro do seu direito nato de livre arbítrio.

No comments:

Post a Comment