Wednesday, November 22, 2023

Como lidar com as comunicações e suas consequencias.

 

Quando você define certas regras para si, você já adiantou grande parte do caminho. É como estar na frente do armário escolhendo roupa. Enquanto não se decide qual delas usar, estará nu. Se você escolheu e vestiu uma que não agradou, pode escolher novamente, mas não estará mais a descoberto.

Sempre faça pesquisa, peça opinião, orientação, palpite, junte tudo o que puder até que se sinta satisfeito, ou até que o prazo para escolher acabe e decida o que você quer ou como vai agir. Essa prática se aplica a tudo na vida – inclusive na mediunidade, mais especificamente, em como lidar com comunicações.

Se você fez um pedido e aguarda uma resposta, ou se quis ouvir uma entidade em uma incorporação, ou se foi a um tarólogo, escute até o fim, mesmo que já tenha mudado de idéia a respeito. Sempre termine o que começou, pois não é porque você não gostou do rumo que a resposta está tomando que não vai escutá-la até o fim. Mesmo que seja uma incorporação estranha, caso você tenha a Visão e enxergou algo errado, ou o tarólogo não lhe passou confiança, ou a resposta das preces não esta aparecendo por vias que você considere seguras, observe ao máximo, escute, para depois CONSIDERAR A FONTE e tirar conclusões importantes sobre a experiência e sobre o que foi falado.

O que sempre consigo de más comunicações é uma comparação entre todas as respostas que recebi. Vejo o que é comum a todas e avalio esse denominador comum. Mesmo que a comunicação não tenha resolvido nada a experiência irá lhe fazer bem. As maiores lições de vida nós temos quando erramos ou erram por nós.

No caso de conversar diretamente com uma entidade, nunca seja rude, nem tente disfarçar ou esconder nada, pois eles percebem facilmente. Se você está sentindo que a conversa está lhe tomando muita energia, sentindo cansaço, avise, pois eles têm obrigação de respeitar a condição física do encarnado. Sobre como agir com os fora da lei falaremos depois.

Quando as entidades iniciam a conversa, algumas coisas mudam. Embora não possam passar por cima do seu livre arbítrio, por ter que entregar uma mensagem dentro do prazo, podem usar o estilo ‘cantar no quarto a noite toda’. Aliás, deixar alguém sem dormir várias noites é técnica formal de tortura e costuma funcionar bem.

Então, se você decide não escutar o que entidades tem a dizer, e o homem na sala, que ‘só você vê’, assistiu e gostou do filme Ghost, encare o seu não de forma mais suave. Normalmente, mesmo espíritos humanos inconvenientes vão embora depois de passar o recado. Assim, dê a eles o que querem rapidamente e volte a cuidar da sua vida.

Veja o exemplo do seriado ‘Ghost Whisperer’ (CBS 2005-2010), escrito com base nas experiências de um médium americano. Não precisa fazer o que a personagem principal do seriado (atriz Jennifer Love-Hewitt) faz, mas saiba que é muito parecido com o que se apresenta lá. Com sorte você não será o único que vê gente morta na cidade, como parece ser nesse seriado, e esses queridos irão passar mensagens em outra freguesia.

Sabe essas pessoas que se vê de quando em quando na televisão, num programa, ou em igrejas evangélicas, ditando mensagens para a audiência do tipo – “quem conhece uma Amélia?” “Ela quer falar que não se esqueça de dar o quadro da bisavó para o Marcelo”, e alguém da plateia começa a chorar? Bom, isso existe e não é enganação, mas pode acontecer que a tal Amélia não esteja ali em espírito. O que há é uma mensagem na áurea (campo magnético) da pessoa que o médium pode ler. Como uma secretária eletrônica ou um email e não sei por que fazem esse tipo de show, pois mesmo os que recebem a mensagem geralmente fingem que não sabem de nada e o tal quadro não fica com o dito Marcelo. Algumas vezes o espírito está ali, feliz que alguém deu atenção para ele e vai embora, finalmente.

Todo mundo tem a capacidade de mandar ‘emails’ pelo espaço. Se todos cooperassem aprendendo a apertar o botão ‘abrir mensagem‘, seria divino. Já imaginou mandar um recado pra todo mundo da empresa, uns dois mil funcionários, para se encontrarem no salão as 18:00 e todos sentirem automaticamente a mensagem dentro de si. Quanto papel e quanta energia elétrica iríamos poupar! Não acho que a indústria de eletrônicos e softwares iria ficar feliz com a possibilidade.

Minha experiência na área diz que 80% dos médiuns não precisa se tornar profissional, mas se puder resolver o que aparecer no caminho não custando nada, poderia ajudar, pois estará encaminhando gente que não tem que ficar aqui e ajuda a tornar a vida dos encarnados menos opressiva. Já fiz varias dessas comunicações de espíritos humanos, e a parte chata, como no seriado, é não acreditarem no que você sabe e lhe tratarem mal, com o pior dos chavões: “por que você não se mete com a sua vida”?

Geralmente essas pessoas são ingratas até com a mãe deles e não é porque você está sem dormir e gastando o seu plasma que vão querer ser legais com você. Não desconte no mensageiro é algo que todos eles falam, mas pouco adianta. Um conhecido, cuja visão é tão forte que não consegue separar, assim de cara, um vivo de um morto, foi chamado por um senhor de terno branco, sapato e chapéu brancos, no ponto do ônibus. Mesmo reparando no modelo démodé do terno, não quis ofender o velho e escutou o que ele queria perguntar. Conversou bastante com ele, até perceber todo mundo no ponto de ônibus se afastando dos dois. Nesse ponto o velho fala que é avô de uma vizinha dele e quer que ele leve um recado para ela. Ele levou o recado e como a descrição física do avô foi muito precisa, a menina chorando (sempre choram) disse que era ele mesmo e que havia sido enterrado com aquele terno da juventude dele. A jovem fez o que ele pediu e não atirou pedras nesse meu conhecido. Raro desfecho, que ajudou muito a menina e não custou nada que não a boa vontade do médium.

Qualquer comunicação gera um custo e dependendo do tipo esse preço pode ficar caro. A moeda de câmbio das transações mediúnicas é o plasma, aquilo que sobra quando tiramos os glóbulos vermelhos do sangue, e a linfa. Mais especificamente, a moeda de cambio para operações entre mundos são os leucócitos e as proteínas que o plasma e a linfa possuem. Isso é muito sério e não é dada a importância que deveria ter. Se depois de cada experiência mediúnica fosse possível medir o plasma e a linfa da pessoa que intermediou a comunicação, talvez voltassem a atenção para o assunto.

Para o médium é o mesmo. Como exemplo, veja a leitura de tarô, através de um médium, bom profissional, com experiência, recebendo uma pessoa que procura um aconselhamento para a situação que está passando. Esta pessoa é equilibrada e quer ouvir todas as opiniões possíveis antes de tomar uma decisão. Será uma leitura boa, com uma boa troca energética, que beneficia a quem pede a consulta, cujas perguntas serão especificas e justas. Ao fim desta consulta, o médium terá gasto plasma, mas ele foi sendo reposto durante a leitura e o que ficou faltando, com um copo de leite ou suco de laranja e meia hora de repouso, é reposto.

Vamos ao oposto deste exemplo ideal: um médium iniciante, ou que ainda tem problemas pessoais não resolvidos, ou está doente, enfim um médium que não está em condições de uma boa leitura, recebe uma pessoa desequilibrada, com a intenção de que o médium e o tarô resolvam seus problemas. Essa pessoa nem sabe o que perguntar, provavelmente não está em condições de dizer o que a incomoda, mas quer que o médium resolva tudo, afinal ele tem “poderes”.

A leitura já pode começar com a comunicação sendo proibida no início e o consulente provavelmente não aceitará isso. Se iniciar a leitura, será penosa para o médium, que por um sistema osmótico irá ter que equilibrar as energias dessa pessoa com a concentração da leitura. Será difícil que a pessoa entenda o que o tarô tem a falar. No final, esse médium, além dos problemas pessoais, estará por um lado carregado com as energias problemáticas do consulente, por outro seu plasma foi utilizado em quantidades altas. O consulente, não sentindo que o tarô resolveu o que achava que tinha que resolver, sai furiosa da leitura, irradiando energias hostis ao médium. Este, se não for auxiliado por entidades ou outros médiuns, sairá pior do que entrou e poderá ter todo tipo de problemas físicos e espirituais.

A quantidade de plasma despendida pelo médium dependerá do uso da clarividência, audição e visão mediúnicas ou uso de incorporação, meios que se utilizam mais do corpo físico, a duração da comunicação, o nível das entidades envolvidas e o tipo de mensagem. O assunto ‘Custos Envolvidos’ é interessante apenas para aqueles que não conseguem manter um padrão de vida igual aos não-médiuns. Os que estão tentando e conseguindo viver uma rotina satisfatória não precisam compreender a fundo esta questão.

A verdade é que comunicações podem machucar. Quanto mais importante a mensagem, mais dor física ela pode trazer. Normalmente, no meu caso, entidades veem quando estou andando na rua, trabalhando, comendo ou tomando um banho (eles amam a hora do banho), melhor dizendo, a qualquer hora. Um tipo de enjoo me acomete, Sinto falta de ar e tonturas. Até que eu entenda que não é mais um episódio de hipoglicemia, ou fibromialgia, ou resfriado chegando e ex de todo tipo por perto, começo a considerar que são Eles tentando estabelecer contato. Tenho um episódio onde eu fiquei dez dias com mal estar terrível até entender que certas entidades queriam apenas conversar. Elas simplesmente não entendem “agora não”. A resposta geralmente é: “Certo, podemos esperar”, mas não o fazem em suas casas! Nem ao menos se afastam um pouco, dando-me espaço para respirar. Eles esperam, encarando você, sempre por perto.

Sabe quando tocamos a campainha da casa de alguém que precisamos chamar e ninguém responde? Você toca de novo e espera, então grita pela pessoa e espera. Depois disso, descontroladamente, você começa a gritar: “eu sei que você está aí, fulano, aparece!”. Os vizinhos podem até aparecer querendo saber o que acontece, depois de tanto grito...então, entidades são assim.

Lembro-me de uma comunicação foi a resposta para uma pergunta que havia feito dois anos antes. Chegou as cinco horas da tarde e consegui compreender que não era um resfriado, mas uma ‘chamada’ chegando. A mensagem era clara, mas havia conseguido a resposta por outros meios e a resposta não era aplicável a minha vida. Senti-me doente por um dia todo apenas para saber algo que não teria aplicação pratica nenhuma. A divindade não era responsável pelo que eu faria com a informação e a resposta à uma questão deve ser dada, sempre.

Dor e indisposição são normais para o médium e acontecem geralmente na presença de entidades. Compare com estar perto de um material muito quente, ou frio. A maioria Deles tem uma diferença energética e distribuição atômica muito grande em relação a nós. Nosso campo magnético sente isso, fica enlouquecido, e reage a presença Deles. Então, se eles dizem que vão esperar, isso significa que um pedaço de material radioativo vai ficar ao seu lado enquanto você não der atenção a Eles! A incorporação é a forma de se comunicar com o Outro Lado que mais caro custa. Se for feita para ajudar na saúde é realmente muito caro para o médium e eu acredito que os de incorporação estão em declínio visível por causa desse alto custo. O antigo sistema de médiuns poderosos e nada felizes consigo próprios não é mais viável em nossos dias, porque gente infeliz não está em posição de ajudar. Vários mestres já repetiram o famoso: “Médico, cura-te a ti mesmo”. Avida pode ser realmente difícil com essas comunicações acontecendo.

Tenho saudades dos tempos que ficávamos um dia inteiro numa caverna, respirando gás vulcânico e alucinando. nós tínhamos reconhecimento pelo nosso trabalho e, imaginem, inclusão social! Melhor que ficar escutando todos os dias que você é estranha, esquisita, ou, em uma educada tradução, diferente.

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