Quando você define certas regras para si, você já adiantou
grande parte do caminho. É como estar na frente do armário escolhendo roupa. Enquanto
não se decide qual delas usar, estará nu. Se você escolheu e vestiu uma que não
agradou, pode escolher novamente, mas não estará mais a descoberto.
Sempre faça pesquisa, peça opinião, orientação, palpite,
junte tudo o que puder até que se sinta satisfeito, ou até que o prazo para
escolher acabe e decida o que você quer ou como vai agir. Essa prática se
aplica a tudo na vida – inclusive na mediunidade, mais especificamente, em
como lidar com comunicações.
Se você fez um pedido e aguarda uma resposta, ou se quis
ouvir uma entidade em uma incorporação, ou se foi a um tarólogo, escute até o
fim, mesmo que já tenha mudado de idéia a respeito. Sempre termine o que
começou, pois não é porque você não gostou do rumo que a resposta está tomando
que não vai escutá-la até o fim. Mesmo que seja uma incorporação estranha, caso
você tenha a Visão e enxergou algo errado, ou o tarólogo não lhe passou
confiança, ou a resposta das preces não esta aparecendo por vias que você
considere seguras, observe ao máximo, escute, para depois CONSIDERAR A FONTE e
tirar conclusões importantes sobre a experiência e sobre o que foi falado.
O que sempre consigo de más comunicações é uma comparação
entre todas as respostas que recebi. Vejo o que é comum a todas e avalio esse
denominador comum. Mesmo que a comunicação não tenha resolvido nada a
experiência irá lhe fazer bem. As maiores lições de vida nós temos quando erramos
ou erram por nós.
No caso de conversar diretamente com uma entidade, nunca
seja rude, nem tente disfarçar ou esconder nada, pois eles percebem facilmente.
Se você está sentindo que a conversa está lhe tomando muita energia, sentindo
cansaço, avise, pois eles têm obrigação de respeitar a condição física do
encarnado. Sobre como agir com os fora da lei falaremos depois.
Quando as entidades iniciam a conversa, algumas coisas mudam.
Embora não possam passar por cima do seu livre arbítrio, por ter que entregar uma
mensagem dentro do prazo, podem usar o estilo ‘cantar no quarto a noite toda’.
Aliás, deixar alguém sem dormir várias noites é técnica formal de tortura e
costuma funcionar bem.
Então, se você decide não escutar o que entidades tem a
dizer, e o homem na sala, que ‘só você vê’, assistiu e gostou do filme Ghost,
encare o seu não de forma mais suave. Normalmente, mesmo espíritos humanos inconvenientes
vão embora depois de passar o recado. Assim, dê a eles o que querem rapidamente
e volte a cuidar da sua vida.
Veja o exemplo do seriado ‘Ghost Whisperer’ (CBS 2005-2010),
escrito com base nas experiências de um médium americano. Não precisa fazer o
que a personagem principal do seriado (atriz Jennifer Love-Hewitt) faz, mas
saiba que é muito parecido com o que se apresenta lá. Com sorte você não será o
único que vê gente morta na cidade, como parece ser nesse seriado, e esses
queridos irão passar mensagens em outra freguesia.
Sabe essas pessoas que se vê de quando em quando na
televisão, num programa, ou em igrejas evangélicas, ditando mensagens para a
audiência do tipo – “quem conhece uma Amélia?” “Ela quer falar que não se
esqueça de dar o quadro da bisavó para o Marcelo”, e alguém da plateia começa a
chorar? Bom, isso existe e não é enganação, mas pode acontecer que a tal Amélia
não esteja ali em espírito. O que há é uma mensagem na áurea (campo magnético)
da pessoa que o médium pode ler. Como uma secretária eletrônica ou um email e
não sei por que fazem esse tipo de show, pois mesmo os que recebem a mensagem geralmente
fingem que não sabem de nada e o tal quadro não fica com o dito Marcelo. Algumas
vezes o espírito está ali, feliz que alguém deu atenção para ele e vai embora,
finalmente.
Todo mundo tem a capacidade de mandar ‘emails’ pelo espaço.
Se todos cooperassem aprendendo a apertar o botão ‘abrir mensagem‘, seria
divino. Já imaginou mandar um recado pra todo mundo da empresa, uns dois mil
funcionários, para se encontrarem no salão as 18:00 e todos sentirem
automaticamente a mensagem dentro de si. Quanto papel e quanta energia elétrica
iríamos poupar! Não acho que a indústria de eletrônicos e softwares iria ficar
feliz com a possibilidade.
Minha experiência na área diz que 80% dos médiuns não
precisa se tornar profissional, mas se puder resolver o que aparecer no caminho
não custando nada, poderia ajudar, pois estará encaminhando gente que não tem
que ficar aqui e ajuda a tornar a vida dos encarnados menos opressiva. Já fiz
varias dessas comunicações de espíritos humanos, e a parte chata, como no
seriado, é não acreditarem no que você sabe e lhe tratarem mal, com o pior dos
chavões: “por que você não se mete com a sua vida”?
Geralmente essas pessoas são ingratas até com a mãe deles e
não é porque você está sem dormir e gastando o seu plasma que vão querer ser
legais com você. Não desconte no
mensageiro é algo que todos eles falam, mas pouco adianta. Um conhecido,
cuja visão é tão forte que não consegue separar, assim de cara, um vivo de um
morto, foi chamado por um senhor de terno branco, sapato e chapéu brancos, no
ponto do ônibus. Mesmo reparando no modelo démodé do terno, não quis ofender o
velho e escutou o que ele queria perguntar. Conversou bastante com ele, até
perceber todo mundo no ponto de ônibus se afastando dos dois. Nesse ponto o
velho fala que é avô de uma vizinha dele e quer que ele leve um recado para
ela. Ele levou o recado e como a descrição física do avô foi muito precisa, a
menina chorando (sempre choram) disse que era ele mesmo e que havia sido
enterrado com aquele terno da juventude dele. A jovem fez o que ele pediu e não
atirou pedras nesse meu conhecido. Raro desfecho, que ajudou muito a menina e
não custou nada que não a boa vontade do médium.
Qualquer comunicação gera um custo e dependendo do tipo esse
preço pode ficar caro. A moeda de câmbio das transações mediúnicas é o plasma,
aquilo que sobra quando tiramos os glóbulos vermelhos do sangue, e a linfa.
Mais especificamente, a moeda de cambio para operações entre mundos são os
leucócitos e as proteínas que o plasma e a linfa possuem. Isso é muito sério e
não é dada a importância que deveria ter. Se depois de cada experiência
mediúnica fosse possível medir o plasma e a linfa da pessoa que intermediou a
comunicação, talvez voltassem a atenção para o assunto.
Para o médium é o mesmo. Como exemplo, veja a leitura de
tarô, através de um médium, bom profissional, com experiência, recebendo uma
pessoa que procura um aconselhamento para a situação que está passando. Esta
pessoa é equilibrada e quer ouvir todas as opiniões possíveis antes de tomar
uma decisão. Será uma leitura boa, com uma boa troca energética, que beneficia
a quem pede a consulta, cujas perguntas serão especificas e justas. Ao fim
desta consulta, o médium terá gasto plasma, mas ele foi sendo reposto durante a
leitura e o que ficou faltando, com um copo de leite ou suco de laranja e meia
hora de repouso, é reposto.
Vamos ao oposto deste exemplo ideal: um médium iniciante, ou
que ainda tem problemas pessoais não resolvidos, ou está doente, enfim um
médium que não está em condições de uma boa leitura, recebe uma pessoa
desequilibrada, com a intenção de que o médium e o tarô resolvam seus
problemas. Essa pessoa nem sabe o que perguntar, provavelmente não está em condições
de dizer o que a incomoda, mas quer que o médium resolva tudo, afinal ele tem “poderes”.
A leitura já pode começar com a comunicação sendo proibida no
início e o consulente provavelmente não aceitará isso. Se iniciar a leitura,
será penosa para o médium, que por um sistema osmótico irá ter que equilibrar
as energias dessa pessoa com a concentração da leitura. Será difícil que a
pessoa entenda o que o tarô tem a falar. No final, esse médium, além dos
problemas pessoais, estará por um lado carregado com as energias problemáticas
do consulente, por outro seu plasma foi utilizado em quantidades altas. O
consulente, não sentindo que o tarô resolveu o que achava que tinha que
resolver, sai furiosa da leitura, irradiando energias hostis ao médium. Este,
se não for auxiliado por entidades ou outros médiuns, sairá pior do que entrou
e poderá ter todo tipo de problemas físicos e espirituais.
A quantidade de plasma despendida pelo médium dependerá do uso da
clarividência, audição e visão mediúnicas ou uso de incorporação, meios que se
utilizam mais do corpo físico, a duração da comunicação, o nível das entidades
envolvidas e o tipo de mensagem. O assunto ‘Custos Envolvidos’ é interessante
apenas para aqueles que não conseguem manter um padrão de vida igual aos
não-médiuns. Os que estão tentando e conseguindo viver uma rotina satisfatória
não precisam compreender a fundo esta questão.
A verdade é que comunicações podem machucar. Quanto mais
importante a mensagem, mais dor física ela pode trazer. Normalmente, no meu
caso, entidades veem quando estou andando na rua, trabalhando, comendo ou
tomando um banho (eles amam a hora do banho), melhor dizendo, a qualquer hora.
Um tipo de enjoo me acomete, Sinto falta de ar e tonturas. Até que eu entenda
que não é mais um episódio de hipoglicemia, ou fibromialgia, ou resfriado
chegando e ex de todo tipo por perto, começo a considerar que são Eles tentando
estabelecer contato. Tenho um episódio onde eu fiquei dez dias com mal estar
terrível até entender que certas entidades queriam apenas conversar. Elas
simplesmente não entendem “agora não”. A resposta geralmente é: “Certo, podemos
esperar”, mas não o fazem em suas casas! Nem ao menos se afastam um pouco,
dando-me espaço para respirar. Eles esperam, encarando você, sempre por perto.
Sabe quando tocamos a campainha da casa de alguém que precisamos
chamar e ninguém responde? Você toca de novo e espera, então grita pela pessoa
e espera. Depois disso, descontroladamente, você começa a gritar: “eu sei que
você está aí, fulano, aparece!”. Os vizinhos podem até aparecer querendo saber
o que acontece, depois de tanto grito...então, entidades são assim.
Lembro-me de uma comunicação foi a resposta para uma pergunta que
havia feito dois anos antes. Chegou as cinco horas da tarde e consegui
compreender que não era um resfriado, mas uma ‘chamada’ chegando. A mensagem
era clara, mas havia conseguido a resposta por outros meios e a resposta não
era aplicável a minha vida. Senti-me doente por um dia todo apenas para saber
algo que não teria aplicação pratica nenhuma. A divindade não era responsável
pelo que eu faria com a informação e a resposta à uma questão deve ser dada,
sempre.
Dor e indisposição são normais para o médium e acontecem
geralmente na presença de entidades. Compare com estar perto de um material
muito quente, ou frio. A maioria Deles tem uma diferença energética e distribuição
atômica muito grande em relação a nós. Nosso campo magnético sente isso, fica
enlouquecido, e reage a presença Deles. Então, se eles dizem que vão esperar,
isso significa que um pedaço de material radioativo vai ficar ao seu lado enquanto
você não der atenção a Eles! A incorporação é a forma de se comunicar com o
Outro Lado que mais caro custa. Se for feita para ajudar na saúde é realmente
muito caro para o médium e eu acredito que os de incorporação estão em declínio
visível por causa desse alto custo. O antigo sistema de médiuns poderosos e
nada felizes consigo próprios não é mais viável em nossos dias, porque gente
infeliz não está em posição de ajudar. Vários mestres já repetiram o famoso:
“Médico, cura-te a ti mesmo”. Avida pode ser realmente difícil com essas
comunicações acontecendo.
Tenho saudades dos tempos que ficávamos um dia inteiro numa
caverna, respirando gás vulcânico e alucinando. nós tínhamos reconhecimento
pelo nosso trabalho e, imaginem, inclusão social! Melhor que ficar escutando
todos os dias que você é estranha, esquisita, ou, em uma educada tradução,
diferente.
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