Bem que você queria não ter nem que pensar nisso, mas não
vai dar. Aceitar a presença deles é inevitável, como já foi dito. O que pode
ser feito é um filtro, uma tela de proteção, para que nem tudo deste Universo
venha bater na sua porta. Que vá na porta do Papa, do vizinho, daquele
imprestável do ex, da sogra, mas defenda a sua. Deixe perto o que você
permitir.
Um grande sábio me contou que aonde tem vela acesa (ele não
conheceu o interruptor de luz ainda) não tem escuridão. Esse é o principio
básico.Não quer ratos em casa, não dê condições para eles, como comida e
abrigo. Não quer um determinado tipo de Outro, não tenha consigo o que ele
gosta, nem tenha dívidas para com ele.
Começando por aqueles que você quer mandar embora e não vão
por que tem direito “de estar”, como os familiares. Imponha condições: olha,
esse é o meu limite, quero privacidade, que embora seja um conceito que
familiares não entendem com facilidade, dá para deixar claro que você coopera
se eles o fizerem também. Estipule horários, explique, afinal eles são gente e
não são burros, que escola é escola, que o horário é tal, que tem coisas que
você não pode fazer em certos horários. Peça “escolta” quando for sair para
qualquer lugar. Eles não podem reclamar que você cata tudo que é lixo na rua e
dá trabalho, se eles não lhe ajudam a proteger você de coisas que você não sabe
lidar. Eles tem protocolos e sabem o que lhe machuca, mas as vezes é bom ter certeza
que “estamos combinados”.
Para saber criar limites e condições, você terá que se conhecer
muito bem. Claro que você se conhece melhor com o passar do tempo, e que o que
era legal aos quinze anos não é legal mais aos 18, aos 48, porém, seus limites
e condições só podem ser modificados se você os teve estabelecidos um dia, como
a história de estar na frente do guarda roupas. Só você sabe o que dói em você
mesma, e tem o direito de decidir com o que você quer lidar ou não, em qualquer
situação.
Surpreendi-me quando uma das guardas minhas não entendeu
sobre o que queria que ela me protegesse .Era a primeira vez que ela trabalhava
com uma humana na carne e dá um tempo, até eles podem ser marinheiros de
primeira viagem. Sabe o filme “Transformers”? Muitos deles tem a diplomacia
daqueles Autobots no jardim dos pais do rapazinho do filme. Muito poder, muita
grandeza, e não conseguem segurar um copo nosso sem quebrar. Para essa anjo da
guarda nenhum homem que cheirasse a carne era bom para mim, então fica difícil
namorar alguém que tenha corpo vivo cheio de sangue né! Ela achou melhor,
quando comparou os homens daqui com os de Lá, que eu namorasse os de Lá, mas eu
expliquei o que preferia. Ela não entendeu, mas aceitou. Haverão horas em que o
que o Outro Lado quer não dá para ser do jeito que eles querem, ai começa a
negociação.
Aprenda a sentir quando há perigo iminente e tenha sinais
combinados para urgências. Eles usam a velocidade da luz, mas você não, então
tem que haver uns sinais do tipo “Houston, temos um problema”.
Quanto às comunicações, aceite aquelas que são inevitáveis,
até porque você vai querer saber o que é tão importante assim. Trate de
conhecer seus limites de plasma rápido, para poder aceitar alguma comunicação
mais pesada sem passar a vergonha de adoecer por falta de humildade em dizer:
não estou pronta.
Os estraga prazeres são a raça mais abundante do Universo,
então as defesas têm que ser rápidas. Quem vem lá? O que quer? Não, muito
obrigado. Engrossou, chama ajuda, alô Houston. Reconheceu sinais de perigo? Reze,
e aprenda apanhar rápido, como disse o personagem Rocky Balboa: “não se mede o
lutador pelas vitorias, mas pela capacidade de se levantar depois de uma
surra”. Coisas como o do filme “O Exorcista” não devem lhe acontecer, mas saiba
que se acontecerem, haverá para cada FDP um companheiro do seu lado nestas
horas de desespero. A teimosia de um jabuti ajuda muito, enquanto os ‘seus’
Outros estão chegando. Como pensamento guia, sua mente é, Graças a Deus, a
maior e melhor arma contra qualquer situação neste Universo e você é uma
criação única na natureza. Você tem o direito divino de ser feliz e não é um
“capeta” que vai lhe dizer o contrário, você é quem irá permitir ou não que
ele lhe diga isso.
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