Como posso dizer? É tão fácil abusar de um médium, a maioria
tem tantos problemas em casa, no trabalho, nos relacionamentos e consigo mesmo.
São tantas dúvidas que o cercam. Não contando caras como Rasputin (o médium que
tentou ajudar os últimos imperadores da Rússia), que são poucos, a maioria
deles são de pessoas que acreditam num mundo melhor e em ajudar o próximo. Quem
vê longe, sofre e tem mais responsabilidade. Exemplo: ver uma pessoa que está
com um obsessor no campo espiritual, e saber que aquilo vai destruir o
casamento dele/dela, que o marido/esposa é tudo o que a pessoa ama nesta vida e
não fazer nada é ter muito sangue frio. Pode até ser que essa pessoa tenha
matado aquele que hoje é o obsessor, mas águas passadas não movem moinhos, e a
pessoa não tem conhecimento desse assassinato acontecido em vidas pregressas.
Cada história é única e com o tempo você aprende a não julgar.
Como foram cometidos abusos em cima de médiuns? Desde o
inicio dos tempos há pouca diferença, não muda muito o teor, só a forma. É principalmente
a manipulação dos poderes que o tipo de mediunidade em questão possa trazer
para o manipulador. Exemplos:
A incorporação é conhecida desde sempre e por ser de forte
impacto a quem assiste, muitos sacerdotes utilizavam-se desses médiuns para manipular
uma população ignorante. Estas pessoas não compreendiam, e ainda não conseguem diferenciar
uma incorporação de espíritos baixos, aproveitadores de uma entidade
sofisticada, um mensageiro de deuses. O povo não sabia se defender de pessoas
encarnadas aproveitadoras e perversas, que dirá de espíritos assim? O sacerdote
colocava o médium no topo da pirâmide, onde não havia como enxergar nada,
deixava a incorporação acontecer, podia até ser um espírito de antigo sacerdote
amigo dele e fazia um teatro sobre a necessidade de se matar os prisioneiros de
guerra para os deuses se acalmarem. O médium, depois de voltar a si, via que
era o tal falecido sacerdote, sem vergonha de grande marca, mas ia falar o que?
Falar a verdade e sair correndo pelo mato da Guatemala, cheio de bicho
peçonhento?
O médium, obviamente não fazia nada. Ficava aguardando que
entidades superiores viessem orientá-lo e acudir a situação, mas isso poderia
acontecer apenas em outra vida. E quanto às pessoas ignorantes que acreditavam
no teatro que lhes era imposto? Faziam o que o sacerdote dizia, porque quem
queria dar estudo para pobre, quando precisava de obediência incondicional?
Usar moças bonitas e jovens para representar deusas e fazer
um bom lucrozinho em cima da fila de homens que vinham para estar com a
“divindade”. Em princípio, as moças que iam para o templo para serviço
devocional — pois assim como toda moça de família na época da sua bisavó
estudava piano e francês, toda moça de família, na Babilônia antiga ia fazer
estágio no templo de Ishtar— eram representantes da deusa do amor e o serviço
devocional consistia em que se desse amor de graça, dentro de rituais, a
qualquer homem que viesse ao templo. A moça que não fizesse esse estágio, não
conseguia um bom casamento, pois os homens cultos daquele tempo queriam esposas
que fossem experimentadas. Houve uma involução de lá para cá na cabeça masculina,
mas já te expliquei como funciona. Aliás, sacrifício, palavra latina,
vem de sacer facere, que significa tornar
sagrado. Mesmo que a principio fosse um serviço religioso, havia a sacanagem de
sacerdotes e sacerdotisas receberem gorjeta para deixar certos senhores não
muito devotos entrarem no recinto. Os judeus proibiram suas filhas de irem ao
templo e seus filhos de fazerem uso das sacerdotisas, pois a raça deles ia se
esvaindo no sangue das belas babilônias.
Os jovens sacrificados ao Minotauro eram médiuns e a energia
que alguns médiuns carregam é muito benéfica, coisas como dinheiro e
prosperidade andam perto deles, que, muitas vezes, nem se aproveitam disso,
pois são portadores da energia, mas não podem beber dela diretamente. Os
primeiros faraós tinham duas esposas, uma para a terra e outra para os céus. A
primeira vinha direto de um templo, escolhida por sinais de nascença no seu
corpo, e representava a descendência divina, sendo o faraó o consorte real da
deusa. Essa era a primeira esposa, a que trazia as energias de poder e
prosperidade. A segunda era a do harém, conhecida pela história. A primeira
sempre era uma médium de grande poder escolhida a dedo nas melhores famílias e
dava muito prestigio ao marido real. Os egípcios sabiam como colher a energia
que essa esposa carregava e era uma prisioneira, um banco de sangue para
vampiros sempre famintos. Quando o faraó morria, elas eram enterradas junto. Os
corpos não estão sendo encontrados, pois como eram da nobreza, essas mulheres
eram retiradas dos recintos da tumba, onde se dava o sacrifício, pelos seus
parentes, para serem embalsamadas. As concubinas de outros países e as pobres
eram deixadas lá. Se você tivesse a sorte de amar o faraó, ou alguém do
palácio, sua vida iria ser suportável, se houvesse um mago nas redondezas
adivinha aonde ele vinha buscar material para feitiço? No seu corpo.
Médiuns com capacidade para
mover objetos eram treinados para shows de poder visual em templos que
embasbacavam a população e faziam com que acreditassem em qualquer coisa que os
sacerdotes falassem depois.
Médiuns de cura eram obviamente muito procurados e havia os que impediam
hemorragias em pessoas só por estarem presentes no recinto da cirurgia, outros
que curavam só olhando a pessoa, para quem não enxergava o que ele estava
fazendo. Reis e governantes mantinham estes prêmios em seus palácios,
controlando tudo o que fizessem. Como a cura envolve muito plasma do médium,
eles viviam pouco.
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