Quando meu pai faleceu, subitamente, do coração,em agosto de 2007, sofri
como muitos que perdem pessoas queridas. Todas as questões não resolvidas em
meu coração, angustia e indignação surgiram em meio a profunda tristeza que
segue cada movimento, até mesmo o simples apertar de mãos, todo os dias e
noites.
Se essa
perda acontece quando você já tem questões existenciais como: “que droga estou
fazendo aqui?” ou “ por que eu, Deus, por que eu?”, o falecimento será o tipo
de coisa que o quebrará ou que o curará de todas as questões de uma vez. Ali,
eu já estava num profundo processo de cura de uma doença física e experimentava
uma abertura espiritual que me assustava. Então, a morte de meu pai foi um
estonteante ‘chute no saco’.
Entre outras coisas, acordei para duas situações: do quanto a morte é
real e que pode acontecer comigo a qualquer momento e que esperar a velhice
para escrever todo o “conhecimento de uma vida” era um ato de estupidez.
Eu teria agradecido imensamente se pudesse ter lido algo como o que escrevo,
quando ainda na metade da minha adolescência. Só encontrei livros que mais
assustavam do que resolviam algo. Queria alguém que tivesse passado pelo que passei,
falasse o que estava acontecendo e como resolver problemas do dia a dia. Alguém
que explicasse como lidar com as consequências de ter nascido médium.
Tenho a
intenção de deixar um segundo volume desta obra, uma sequencia de todas as
experiências acontecidas depois deste primeiro livro. Já que não sei onde está
você, que está precisando deste texto, tomei a decisão de torná-lo público e
alcançá-lo, onde quer que você esteja mesmo falando sobre assuntos pessoais de
forma tão aberta.
Escrever este livro envolve algumas dificuldades técnicas. A maioria das
pessoas que preciso mencionar, para lhe dar exemplos, estão vivas. Portanto,
histórias serão modificadas para proteger a privacidade dos envolvidos. Coisas
que aconteceram na minha família podem ser ditas como de terceiros e vice
versa. Quem reconhecer a história verá que mudei algumas coisas e isso será
feito, se eu julgar necessário, mas sem tirar o valor do exemplo que ela
carrega. Acho que os inimigos ficarão frustrados, mas quem perderia a chance de
tornar o dia deles miserável, não é mesmo?
Não tenho intenção de dar indicações de igrejas ou tratamentos médicos,
porque, se eu dou minha opinião, tiro de você o direito, e o dever, de procurar
por si mesmo. A verdade é que não há uma opinião certa ou errada em assuntos
como religião, espiritualidade, tratamentos médicos e mediunidade. Nada que eu
tenha visto prova que uma igreja em específico, ou tratamento, ou guru, é bom
ou ruim. Acredite que tudo pode ser bom e ruim ao mesmo tempo.
Este livro não um guia turístico dizendo o que você deve
fazer e deixar de fazer. Irei, no capítulo em que faço sugestões, dar algumas
dicas de estudos, mas é apenas para sugerir um ponto de partida e não um final.
Tenho minhas preferências em todos estes aspectos, mas use-as como quiser. Ela
será tão boa como qualquer outra opção que vier a adotar. Este livro também não
tem a pretensão de ser científico, religioso ou a derradeira opinião sobre o
assunto.
Assim sendo, poderá parecer que não quero me posicionar, mas
nada melhor para começar uma discussão do que a outra parte se sentir ofendida.
Boas discussões levam você à adquirir conhecimentos rapidamente e em grande
quantidade, embora as vezes não em qualidade. Então, aos oponentes, digo que em
outra hora nos veremos, em bons debates. Agora deixemos que os demais leitores
formem suas próprias opiniões. Afinal, a ‘liberdade de escolha’ não é algo
maravilhoso? PARA QUEM ESTE LIVRO NÃO É INDICADO: se você tem certeza que não é
médium, gosta da sua vida assim como ela é e quer ser parte do problema daqueles que são médiuns, mesmo eles
sendo seu amigo próximo, chefe,ou membro da familia, pare de ler o livro e o dê
de presente. Um livro que não gostamos sempre pode ser usado como presente de
Natal. Se sentir que ele lhe é útil, continue e tenha uma boa leitura!.
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